Apresentação do grupo de pesquisa

           O NTL é um grupo de pesquisa que objetiva descrever e analisar línguas indígenas sulamericanas por ser o conhecimento científico dessas línguas uma prioridade da linguística atual. As línguas autóctones da América do Sul podem representar uma contribuição não  à validação das propostas teóricas que dizem respeito à natureza da linguagem humana, mas também à descoberta de fenômenos que tais propostas deverão incorporar ao seu arsenal explicativo.

O grupo de pesquisa enfatiza a descrição da linguagem no âmbito dos quadros tipológico, funcional e cognitivo, considerando que novas descobertas descritivas na área da linguística têm demonstrado que uma compreensão adequada da linguagem humana e sua organização, ou seja, o desenvolvimento de uma teoria linguística, não pode ser elaborado simplesmente com base em apenas alguns idiomas. Muitas propostas teóricas anteriormente ditas universais tiveram de ser descartadas por não considerarem a variação real da linguagem.

Por um lado, a pesquisa descritiva de uma grande variedade de línguas é uma base essencial para as tentativas de explicar por que as propriedades gerais da capacidade linguística humana, e as formas linguísticas, seu significado e uso, são da maneira que são. Por outro lado, a pesquisa descritiva é uma parte essencial da documentação das culturas e mundos cognitivos de comunidades linguísticas do mundo.

Um dos objetivos do NTL é buscar compreender como as propriedades das línguas individuais são comparadas às de outras línguas ao longo de vários parâmetros (daí, tipologia), e, desta forma, aprofundar o conhecimento científico sobre os limites de variação possíveis na linguagem humana.

Nesse sentido, considera-se a hipótese geral de que as diferentes estruturas linguísticas podem ser explicadas por pelo menos três razões: devido à sua função como "ferramentas" para a comunicação humana, por causa de sua história de desenvolvimento, ou por causa da natureza do processamento cognitivo humano. Assim, a compreensão das estruturas linguísticas deve estar fundamentada em pesquisa linguística funcional, histórica e cognitiva.